viernes, 9 de abril de 2010

Lisboa, menina e moça

Ayer estuve en una Feria de Logística en Estoril, junto al Casino, a la orilla del mar. Al salir, por la tarde, según me acercaba a la estación de trenes de la capital se veían centenas de personas bañándose y tomando el sol, el sol absolutamente único de Lisboa. Me vinieron imágenes a la mente, de cuando vivía allí, y no era tan feliz como lo soy ahora - aunque tuviera las condiciones necesarias para estarlo.

Como no podía ser de otra forma, en la capital de la saudade, me entraron saudades!

"Lisboa menina e moça", un fado que me inspira una
alegre melancolía, una agradable lasitud, unas ganas terribles de pasear por el resplandeciente Tajo moribundo.



No castelo ponho o cotovelo
Em Alfama descanço o olhar
E assim desfaço o novelo
De azul e mar

À Ribeira encosto a cabeça
A almofada da cama do Tejo
Com lençóis bordados à pressa
Na cambraia de um beijo.

Lisboa menina e moça, menina
Da luz que os meus olhos vêem, tão pura
Teus seios sãos as colinas, varina
Pregão que me traz à porta ternura

Cidade a ponto luz bordada
Toalha à beira mar estendida
Lisboa menina e moça e amada
Cidade amor da minha vida

No Terreiro eu passo por ti
Mas na Graça eu vejo-te nua
Quando um pombo te olha sorri
És mulher da rua.

E no bairro mais alto do sonho
Ponho o fado que sei inventar
A aguardente de vida e medronho
Que me faz cantar.

Lisboa do amor deitada
Cidade por minhas mãos despida
Lisboa menina e moça e amada
Cidade mulher da minha vida

2 comentarios:

Indefinida e indefinible dijo...

Y tú qué eres, ¿menina o moza?

Marta dijo...

Pues una "mulherzinha", supongo :D
Y tú?

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